Neste projeto, o arquiteto Luís Fábio Rezende de Araújo lançou mão do gesso para embutir a infraestrutura do ambiente e para dividir os ambientes
No quarto da menina o gesso forma um L lilás, com a parede, delimitando a área de estudos
"Em um dos meus projetos, fiz um forro em gesso sobre a sala de jantar, e ali instalei o projetor de imagem, as caixas de som e ainda abri um rasgo para um trilho de luz e uma sanca com iluminação indireta", conta o arquiteto, lembrando que optou por limitar o forro de gesso apenas à sala de jantar, para criar uma divisão com os outros ambientes do projeto.
Fabiana Visacro também é adepta do gesso como recurso para dividir ambientes. "Utilizei o gesso, por exemplo, em um quarto de menina. Como o espaço reunia área de vestir, dormir, estudar e brincar, utilizei o gesso que forma um L com a parede colorida, delimitando a área de estudos", conta a designer. O mesmo recurso também pode ser empregado em espaços comerciais. "Adoro usar o gesso para suprir este tipo de necessidade . Às vezes, temos ambientes integrados mas que precisam estar setorizados para não criar a ideia de confusão do espaço e desorganização. Foi o caso do projeto de um consultório odontológico que executei. Ao invés de criar obstáculos no ângulo de visão e tornar o espaço mais compacto, preferi deixar as duas salas integradas, mas delimitadas pelo detalhe de gesso e da iluminação", recorda Fabiana.
Para quem se simpatiza com a ideia, a designer faz um alerta: "Não aconselho para ambientes onde o pé-direito seja muito baixo. Minha média é 2,60 m. Se tivermos essa altura ou mais, podemos usar o recurso sem medo". Luís Fábio, ratifica a sugestão de Fabiana e acrescenta: "Verifique se haverá lustre ou outros objetos fixados no forro, para que ele seja reforçado. Uma boa ideia é sempre optar pelo forro estruturado, que é mais resistente e tem a garantia de alinhamento perfeito".